27 Julho 2020
Num valor total de 10 milhões de euros, as empresas portuguesas foram contratadas para o processo de fabrico de novos satélites do programa europeu Copernicus.
A Agência Espacial Europeia (ESA) terá a contribuição de cinco empresas portuguesas no fabrico de novos satélites para as próximas seis missões no âmbito do programa Copernicus, um dos seus “projetos bandeira”.
Os contratos adjudicados a Active Space Technologies, Critical Software, Deimos Engenharia, FHP (Frezite High Performance) e Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), todas empresas do Cluster AED, resultam num montante de 10 milhões de euros para as empresas nacionais.
Este é um valor que ultrapassa os 5 milhões de euros que haviam sido totalizados no Conselho Ministerial da ESA, em Novembro de 2019, e que é reflexo do rápido crescimento das empresas portuguesas na cadeia de valor espacial e da confiança dos organismos europeus na qualidade dos serviços e produtos nacionais.
A FHP obteve o contrato de maior valor (4,2 milhões de euros), ficando envolvida em três das seis novas missões previstas na produção de equipamento de voo. Segue-se o contrato da Active Space Technologies, de segundo maior valor (3,2 milhões de euros) e que contratualiza o envolvimento também em três das seis missões. Ao INEGI couberam 1,5 milhões de euros, seguindo-se a Critical Software com 600 mil euros e a Deimos com 500 mil.
O investimento total do programa Copernicus, assumido pela ESA e pela União Europeia, ronda os 2,5 mil milhões de euros, que serão utilizados para as próximas seis missões do programa, que colocarão no espaço cerca de 12 novos satélites. O propósito principal destas missões (e de todo o programa Copernicus) é o fornecimento de informação precisa e facilmente acessível à Comissão Europeia, para melhorar a gestão do meio ambiente, entender e mitigar os efeitos das alterações climáticas e garantir a segurança civil.