Numa iniciativa conjunta, o CEiiA, a GMV, a Tekever e a Spin.Works, todas empresas associadas do Cluster, pretendem mostrar que a indústria aeronáutica portuguesa tem capacidade para dar resposta, através de UAVs, na prevenção e combate aos incêndios, em tempo de pandemia.
Ao aproximarmo-nos do Verão, cresce a preocupação com as limitações que o contexto de pandemia pode trazer nas ações de prevenção e combate a incêndios. Prova disso é a notícia de que o Governo autorizou à Força Aérea a compra imediata de drones, com um orçamento de até 4,5 milhões de euros, reforçando os meios aéreos para a época de incêndios.
É neste contexto que o grupo de empresas acima mencionadas pretende mostrar a capacidade da indústria nacional em fazer face a esta necessidade urgente. Para tal, organizaram um simulacro de incêndio real que acontece amanhã, 26 de Maio, no aeródromo da Atouguia da Baleia, em Peniche.
“O conjunto de empresas […] representa uma cadeia de valor com capacidade de fornecer no imediato tecnologia não tripulada, apoio à operação, manutenção das aeronaves e tratamentos de dados provenientes dos aviões durante todo o período de fogos florestais”, refere o convite enviado à imprensa. “No seu conjunto, as empresas em causa representam mais de 90 por cento das exportações nacionais no sector da tecnologia aérea não tripulada, tornando Portugal líder europeu no âmbito da vigilância marítima”, pode ler-se no documento.
O exercício de simulação, que conta com o apoio e colaboração dos bombeiros locais, consistirá num cenário real de localização de um foco de incêndio, utilizando tecnologia não tripulada. O equipamento que vai ser usado é o drone TEKEVER AR3, de fabrico 100% português, que já conta com centenas de horas de voo e é produzido em larga escala.
José Neves, Presidente do Conselho de Administração da AED e que está também envolvido diretamente nesta iniciativa, congratula o espírito de colaboração entre os associados e a importante ação planeada:
“Congratulo-me com mais uma ação mobilizadora dos nossos associados, que não só promove o desenvolvimento do tecido industrial português, como alavanca um conjunto de capacidades tecnológicas com elevado potencial de exportação. Esta iniciativa é uma clara demonstração da vitalidade do Cluster Nacional”, refere José Neves.
ATUALIZAÇÃO 27 de Maio:
Reportagem da SIC, no local – aceder aqui