Como vê a evolução da AED como associação e o seu reflexo nos AED Days?
Esta é a minha quarta participação nos AED Days. Devo dizer que o setor aeronáutico, de defesa e espacial em Portugal está a crescer bastante. Isso é uma ótima notícia! É um setor muito dinâmico. Em relação à Airbus, é um fato que, em comparação com o passado, a empresa está muito presente e é considerada uma parceira estratégica em Portugal. Nos últimos dois a três anos, desenvolvemos significativamente a nossa presença em Portugal.
Como está a ser reforçada esta presença?
Nos últimos dois a três anos, aumentámos a nossa presença em Portugal. Por um lado, temos as instalações perto do Porto, para a Airbus Atlantic, uma subsidiária a cem por cento da Airbus Commercial. Lá produzimos peças significativas para nossa cadeia de abastecimento de aeronaves comerciais. Também temos no Parque das Nações, em Lisboa, a Airbus GBS, com o centro global de serviços de negócios, um investimento estratégico do nosso grupo feito em Portugal. A partir da Airbus GBS, trabalhamos com todas as divisões e daqui de Portugal temos a intenção de trabalhar com outras divisões da Airbus em outras geografias em diversos serviços internos, como Finanças, Compras, Recursos Humanos, entre outros. Além disso, temos um forte interesse, através da Airbus Commercial, em companhias aéreas. A TAP é um exemplo, mas há muitas outras em Portugal. Também temos interesse em helicópteros, tanto militares como comerciais. O combate a incêndios é uma área clássica. No verão, quase todos os helicópteros dedicados ao combate a incêndios, que são alugados ou em leasing, são da Airbus Helicopters. E por último, mas não menos importante, temos a Airbus Defense and Space, que tem uma longa tradição em Portugal, principalmente com o EADS C-295, que é a espinha dorsal da Força Aérea Portuguesa. Outros setores que nos interessam são o espaço e a cibersegurança.
A Airbus tornou-se num patrocinador principal dos AED Days. Porque tomaram esta decisão?
A justificação é muito simples. Hoje, Portugal é para a Airbus, na Europa, o segundo país em termos de número de funcionários, excluindo os nossos países de origem, e tem o potencial de se tornar o primeiro no futuro, após a França, Alemanha, Espanha e Reino Unido, contando que nossa relação estratégica continue a desenvolver-se. Atualmente, contamos com cerca de 800 funcionários da Airbus em Portugal e a ideia é continuar a crescer. O que é importante destacar aqui é que a nossa indústria, de aeroespacial e defesa, é uma indústria de multiplicadores, mais do que qualquer outra indústria no mundo.
O que destacaria da edição de 2023 dos AED Days?
O nível nos AED Days é muito elevado. É o evento aeroespacial e de defesa mais relevante do país. Acredito que as pessoas e os profissionais que participam são os mais respeitados em Portugal. É uma oportunidade para se encontrar com todos aqueles que têm algo a dizer na área aeroespacial e de defesa. Estamos a falar de indústrias, mas não só. Estamos a falar de autoridades, políticos, civis e militares, e do ecossistema completo, incluindo participantes internacionais. Por exemplo, da Airbus temos de sete a dez pessoas a participar, vindas de Espanha, França e Alemanha. Todos aqui, a trabalhar em conjunto com parceiros portugueses.
Este ano registou-se uma participação record, com uma ênfase nos temas de defesa. Diria que é o efeito da Guerra na Ucrânia?
Não posso ter certeza sobre isso. Mas algo que posso afirmar com certeza é que ao longo dos anos tenho observado como a AED, como associação, e o próprio evento estão crescendo em volume e importância. Nós, na Airbus GBS, estando presentes em Portugal há já muitos anos adicionamos novos membros à Associação. Estamos presentes com a Airbus Portugal, mas também com a Airbus Commercial. Isso é apenas um exemplo de como a AED está a crescer. Por que vemos uma maior participação este ano? Eu não acredito que seja impulsionado pelo conflito, mas sim pelo desenvolvimento de Portugal no setor aeroespacial. Não apenas no militar, mas também no comercial. E na Airbus, temos ambos. Temos ativos militares e ainda mais comerciais. Estamos a crescer nesse sentido. Portanto, não está relacionado com a guerra. Primeiramente, trata-se dos valores e da qualidade do ecossistema, bem como das parcerias com grandes grupos que tanto o cluster como o país têm vindo a procurar. A Airbus pode ser a maior das empresas presentes, com investindo em Portugal. Mas há muitas outras!
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