Na passada quinta-feira, 13 de fevereiro, as primeiras 83 (críticas) horas da missão única da Solar Orbiter foram concluídas com sucesso.
“Esta fase inicial é como o nascimento de um filho”, refere o diretor de operações Andrea Accomazzo, para qualificar a dificuldade dos primeiros momentos desta entusiasmante, e desafiante, missão da ESA e NASA. “Os engenheiros querem ter a certeza de que a sonda pode sobreviver por conta própria no seu novo ambiente – alimentar-se pelas suas matrizes solares, ser capaz de se comunicar com a Terra e ser capaz de controlar a sua orientação no espaço”, completa.
Após um estrondoso lançamento, na segunda-feira, a Solar Orbiter seguiu para o sudeste a partir da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, sobrevoando o Atlântico Sul antes de ser libertado no espaço.
Com tecnologia das empresas portuguesas Active Space Technologies e Critical Software inseridas na sonda, esta missão conjunta da NASA e da Agência Espacial Europeia tem como objetivo estudar o Sol de um ponto de vista que nunca vimos antes.
Através de uma órbita extremamente complexa, vai ser possível visualizar os pólos da estrela central do nosso sistema. No seu máximo de proximidade, a Solar Orbiter chegará a cerca de 42 milhões de km do Sol, o que significa mais perto do que Mercúrio e a pouco mais de um quarto da distância média entre a Terra e o Sol, o que será mais perto do que qualquer sonda europeia na história.